O meteorito Angra dos Reis foi encontrado intacto nos escombros do Museu Nacional do Rio, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa nesta segunda-feira (22). O fragmento estava em um armário de ferro e resistiu ao incêndio que atingiu o prédio histórico no dia 2 de setembro.
A professora da área de meteorítica da instituição, Maria Elizabeth Zucolotto, participou do resgate do meteorito, na última sexta-feira (19), durante o acompanhamento de técnicos que realizam as obras de escoramento do museu.
Veja as peças do acervo perdidas no incêndio do Museu Nacional
Para os pesquisadores, como a professora Zucolotto, o valor científico do Angra dos Reis é estimado a partir da importância de ter sido o único que foi avistado logo ao cair na Terra e, em seguida, ser resgatado, sem passar por qualquer intempérie. Ele já foi submetido a várias pesquisas ao longo do último século.
“O Angra dos Reis tem uma importância tão grande, que batizou uma nova classe, a dos angritos”, explicou a professora.
O meteorito Angra dos Reis tem este nome por ter sido achado na cidade do litoral fluminense, em frente à Igreja do Bonfim, no final de janeiro de 1869. A parte maior do meteorito, com 70 gramas, está no Museu Nacional.
Também na sexta, o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo das Américas, foi localizado durante o processo recuperação do prédio.
Incêncio no Museu Nacional
O Museu Nacional foi destruído pelo fogo no começo de setembro. As chamas comprometeram cerca de 90% de todo o acervo em exposição e em estudo.
A coleção de múmias de D. Pedro 1º e os ossos do dinossauro Maxakalisaurus, o maior em exposição no Brasil foram alguns dos itens perdidos após o incêdio.
Não havia visitantes no prédio e por isso os bombeiros não registaram nenhum vítima. Os seguranças que estavam no local, conseguiram escapar sem ferimentos.
0 comentários:
Enviar um comentário