26/10/2018

Boletos bancários adulterados são um risco em compras online

Compras online são uma comodidade, mas oferecem riscos
Compras online são uma comodidade, mas oferecem riscos Pixabay

As lojas on-line são uma comodidade para adquirir qualquer produto sem precisar sair de casa. As formas de pagamentos e as opções de parcelamentos também são um atrativo, mas é preciso tomar alguns cuidados para não cair em golpes.

O boleto bancário é uma boa opção para quem não tem cartão de crédito ou fica inseguro de digitar as informações bancárias na web. No entanto, é preciso ter atenção para não correr o risco de perder dinheiro e ainda ficar sem o produto.

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"É bem difícil identificar uma fraude envolvendo boletos bancários. Não existe um sinal claro de que o documento é falso só de olhar", diz Tom Canabarro, da Konduto, empresa especializada em análise de fraudes.

Um dos golpes que pode ser aplicado contra o consumidor utiliza um vírus de computador que adultera o boleto para enviar a quantia para outra pessoa ou para cobrar um valor mais alto. Outro esquema, usa anúncios falsos para atrair a atenção das vítimas e, no momento de concluir a compra, é enviado um boleto de depósito em um cartão pré-pago. 

Os lojistas também podem ser vítimas de um golpe conhecido como 'sequestro de estoque', que prejudica o fluxo de vendas. Segundo Canabarro, esse golpe pode ser aplicado entre empresas concorrentes.

"Neste caso, uma grande compra é feita por boleto e isso faz a loja ficar com a mercadoria presa até a data de vencimento do documento e assim a loja perde a oportunidade de realizar novas vendas", explica. 

O diretor adjunto de Operações da Febraban, Walter Faria, afirma que "boletos bancários são um meio de pagamento seguro" e diz que "graças aos esforços combinados com os bancos associados esse nível de segurança vem crescendo".

Segundo dados da entidade, circulam pelo país cerca de 4 bilhões de boletos todos os anos.

Não caia em golpes

Uma forma tentar perceber um boleto falso é ficar atento aos três primeiros dígitos do código de barras. Essa sequência numérica indica qual é o banco emissor e deve ser exatamente a mesma em uma segunda via, por exemplo.

Outros detalhes podem ser percebidos com um pouco mais de atenção. Faria orienta o consumidor buscar por erros de português, impressões de má qualidade, papel diferente e ainda logomarca distorcida. Também é aconselhável confirmar dados do beneficiário, nome da empresa e acompanhar o extrato bancário.

"Fique atento quando um vendedor aceita apenas pagamento em boleto e não faça a transação se receber o boleto encaminhado por aplicativos de mensagens", alerta Canabarro.

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O especialista em segurança lembra que os golpes costumam ficar mais frequentes em datas como o Black Friday, quando as pessoas estão mais dispostas a comprar por impulso. 

Reclamar funciona

A vítima de um golpe na internet pode recorrer ao PROCON para tentar recuperar o dinheiro perdido, mas é preciso seguir exatamente os termos de uso da plataforma de compra para estar protegido.

"O banco tem o dever de ressarcir se o consumidor tomou todos os cuidados necessários. Porém, em caso de negligência, como pagar um boleto recebido fora do site da loja ou da plataforma, o dinheiro poderá não ser devolvido" diz a coordenadora do Procon-SP, Renata Reis.

Os golpistas podem tentar levar a vítima para um ambiente desprotegido por meio de um contato por SMS ou por WhatsApp com uma proposta de preço mais baixo. "Jamais feche um negócio fora do site em que o produto foi anunciado, porque a loja deixa de ser responsável pela perda do cliente", orienta Renata.

Assim que um golpe foi constatado é preciso reunir o comprovante de compra, o extrato bancário, o boleto e outros documentos relacionado com a compra. Em seguida, a vítima de fazer um boletim de ocorrência e um registra uma reclamação.

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