13/11/2018

Como serão os profissionais e os empregos do futuro?

Mercado de trabalho deverá ser mais flexível com a nova geração de empregados
Mercado de trabalho deverá ser mais flexível com a nova geração de empregados pixabay

O estudo “Futuro do trabalho” foi apresentado pela WGSE, empresa especializada em pesquisas de tendências, em parceria com o LinkedIn nesta terça-feira (13).

Segundo a pesquisa a educação precisará ser reinventada para se adequar as necessidades do mercado de trabalho. Acredita-se que o modelo de escola e de universidade que existe atualmente será impactado pelas novas habilidades exigidas pelo mercado.

“A universidade é muita distante do mercado de trabalho. Hoje tudo o que importante na formação de um profissional está muito periférico a proposta pedagógica dos cursos”, diz Maíra Abrimorad, diretora de desenvolvimento do aluno da Adtalento Educacional.

As empresas devem valorizar mais as habilidades de cada candidato do que realmente o diploma. Maíra afirma que a tecnologia poderá ser usada para confirmar capacidades de cada candidato e que o currículo convencional está no fim.

Foram identificadas as principais competências que as empresas devem buscar no momento da contratação. Ser um profissional criativo, com capacidade de comunicação, que saiba trabalhar em grupo e ter inteligência emocional são alguns pontos que podem favorecer uma contratação.

Ambiente de trabalho

O estudo mostra que as empresas serão mais flexíveis com seus funcionários. Os horários e os locais de trabalho não precisarão ser fixos para se adequar às necessidades dos funcionários e também dos patrões.

Outra possível mudança está em uma hierarquia menos rígida. Chefes, funcionários e estagiários poderão ter mais espaço para debates e o espaço físico do escritório não precisara ser pensado para privilegiar um determinado cargo. 

Trabalhador x máquinas
O estudo mostra a importância de alinhar os objetivos dos funcionários com a empresa em que trabalha. A busca por uma vaga de emprego também mudou e a tecnologia deverá ajudar nessa tarefa. 

“As ferramentas de big data e a inteligência artificial irão ajudar no recrutamento das empresas. Será mais fácil identificar quem é a pessoa adequada para uma vaga e também será possível encontrar a empresa ideal”, afirma Milton Beck, diretor regional do LinkedIn.

O receio de que máquinas substituirão trabalhadores é real, mas nem todos as áreas devem sofrer com essa mudança.

“Eu não vejo a tecnologia substituindo o trabalho, mas haverá uma mudança na maneira como as pessoas trabalham. A tecnologia vai ajudar a avaliar riscos e tomar decisões em várias carreiras”, diz Maíra.

Chefe robô?
A troca de pessoas por máquinas é um risco menor para quem ocupa posições de chefia nas empresas.

“Eu acredito que os chefes nunca serão robôs. Os sistemas conseguem identificar padrões e coletar dados muito bem, mas a liderança de uma equipe precisa inspirar os funcionários”, diz Milton.

Maíra explica que hoje as chefias já usam relatórios e ferramentas para avaliar os funcionários e entender o andamento de um projeto. Ela também descarta a possibilidade de um robô ser responsável por uma equipe.

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