08/02/2020

P2P: financiamento direto com investidores, sem intermediação de banco

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Imagem: Pixabay Programa Inova 360

Por Jair Lemes

O Peer-to-Peer Lending (P2P), ou “Empréstimo entre Pessoas”, é um modelo no qual pessoas e empresas buscam financiamento diretamente com investidores, sem a intermediação de um banco.

O modelo P2P nasceu na Inglaterra e hoje é sucesso nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, foi regulado pelo Banco Central em 2018 e já mostra grande potencial.  Por aqui, existem outras formas jurídicas que operam o conceito P2P, mas a entidade aprovada para operar neste segmento é a Sociedade de Crédito entre Pessoas (SEP).

Com esse modelo, oportunidades de investimentos geralmente disponíveis apenas para investidores profissionais e qualificados podem chegar ao varejo – pessoas físicas em geral.

No P2P, tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem investir e acessar uma nova classe de investimentos, com retornos, geralmente, acima da média de mercado e segurança similar a outras modalidades mais tradicionais.

Ele também promete aumentar a rentabilidade dos investidores e trazer velocidade e simplicidade nas operações a taxas justas para os tomadores pessoas físicas e empresas.

O P2P é um ambiente regulado pelo Banco Central do Brasil onde as partes transacionam com base em análises consubstanciadas e nota de classificação de risco (validada pelo Banco Central do Brasil – Bacen) proveniente da plataforma de P2P.

Assim como em outras modalidades de investimentos, quanto mais alta a nota de classificação de risco mais baixo é o retorno, mas o contrário também ocorre, ou seja – mais risco, mais taxa – menos risco, menos taxa.

As taxas de retorno no P2P podem ser inferiores a 10% ao ano para as operações com as melhores notas de classificação de risco e podem superar 50% ao ano para as emissões de qualidade inferior com probabilidade de inadimplência mais alta.

Através das plataformas de P2P as partes conseguem transacionar de forma segura e podem acompanhar saldos, taxas e parcelas através de relatórios.

Mercado

No início, o sistema de empréstimos P2P era visto como uma oferta de acesso a crédito a pessoas que seriam desprezadas por instituições convencionais, ou uma maneira de consolidar a dívida de empréstimos a estudantes a uma taxa de juros mais favorável.

Nos últimos anos, no entanto, os sites de empréstimos P2P expandiram seu alcance. Atualmente, a maioria das plataformas de P2P tem como alvo consumidores que desejam pagar dívidas com cartão de crédito a uma taxa de juros mais baixa.

Atualmente, empréstimos para melhoramento da casa e financiamento de automóveis estão disponíveis em sites de empréstimos P2P.

As empresas também já começam a utilizar o P2P para financiar suas atividades sem a intermediação dos bancos.

Para os credores, o empréstimo P2P é uma maneira de gerar receita com juros sobre o dinheiro a uma taxa que excede as oferecidas pelas contas poupança convencionais ou certificados de depósito bancários (CDBs).

Alguns sites de P2P permitem que os credores iniciem com um saldo da conta de apenas R$ 100,00.

Nos Estados Unidos o “Lending Club” é a maior plataforma de P2P. Atualmente a empresa tem mais de 2,5 milhões de clientes e já intermediou mais de 44 bilhões de dólares, unindo investidores e tomadores. Fundada em 2007, a empresa abriu capital em 2014 na NYSE (The New York Stock Exchange), então avaliada em 5,4 bilhões de dólares.

No Brasil a incorporadora BFabbriani é pioneira na captação de recursos através da modalidade P2P, que está lançando um CCB (Cédula de crédito bancário) que conta com a assessoria financeira exclusiva da Brava Capital.

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Jair Lemes assina a coluna “Capital Inteligente”, no Inova360, parceiro do R7. É especialista em investimentos e finanças, com certificação CFA, está à frente da Brava Capital e é comentarista do programa de TV Inova360, na Record News.

 

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