O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (1) a reestruturação do Petro, criptomoeda criada pelo governo para driblar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à economia venezuelana.
"A partir de 5 de novembro, o Petro será vendido ao público venezuelano em bolívares soberanos. Você poderá fazer compras em Petros e bolívares soberanos e economizar em certificados de Petros", declarou Maduro, em pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão.
O presidente anunciou que a criptomoeda poderá ser adquirida em seis casa de câmbio internacionais para moedas digitais, denominadas "exchanges", e explicou que haverá um "Livro Branco" do sistema Petro, que explicará todos os aspectos legais da moeda digital.
"Toda a gasolina para aviação internacional deve ser vendida em Petros de maneira imediata", disse Maduro. O presidente ainda pediu o fim das vendas de imóveis em dólares, prática considerada ilegal no país, e pediu que tais transações passem a ser feitas com Petros, assim como diárias de hotel, passagens de avião e impostos de saída em aeroportos.
Maduro também anunciou o projeto de lei constitucional para as criptomoedas que visa a dar um marco legal ao Petro, que é considerado ilegal pela maioria opositora do Congresso venezuelano.
"Tivemos um ciberataque, originado nos Estados Unidos, França e Colômbia para tentar tirar de circulação o Petro, que é uma realidade".
Os três países denunciaram a Venezuela no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, para investigar supostos crimes contra a humanidade cometidos pelo regime venezuelano. "Estamos colocando em marcha o 'blockchain' [base de dados cifrada para validar operações digitais] do Petro no país, que é desenvolvido por cientistas venezuelanos", disse o líder venezuelano.
O Petro foi criado em dezembro de 2017 e teve preço fixado em 60 dólares. A moeda digital não terá mais lastro baseado no petróleo, como estava previsto inicialmente, mas sim em ouro, diamantes, ferro e alumínio.
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