01/05/2019

Jogamos Borderlands 3: De cara nova com a essência intacta

Goste ou não, a franquia Borderlands é memorável. Seja pelos marcantes personagens, pelo icônico estilo visual cartunesco ou até mesmo pelo insano e divertido gameplay: é possível reconhecer a série da Gearbox em uma única imagem. E não é diferente com Borderlands 3. No entanto, não se engane, porque apesar de manter a essência em todos os níveis, o novo título distribuído pela 2K tem muitas novidades e mudanças.

A principal está no aspecto de ambientação. Após três games centrais --Borderlands, Borderlands 2 e Borderlands: The Pre-Sequel -- se passarem no sistema de Pandora (o planeta Pandora e a lua Elpis), Borderlands 3 dá um salto espacial a outros planetas -- literalmente. O jogo não abandona por completo o amado corpo celeste árido, mas introduz a nave espacial e base Sanctuary 3 e novos planetas com biomas inéditos à franquia. Assim, a série ganha sangue novo sem sacrificar o que faz de Borderlands reconhecível.

Durante uma viagem a Los Angeles, no Estados Unidos, pude testar o game e conhecer o planeta Promethea em primeira mão. Este local é um grande planeta-metrópole, ou seja, todas as missões aqui se passam no meio de uma cidade, com cidadãos, veículos e, o mais importante: uma nova estrutura de cenário que, enquanto revigora a franquia, mantém o coração de Borderlands. A Gearbox também revelou que há diversos outros planetas completamente diferentes a serem descobertos em Borderlands 3.

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Vault Hunter Zane em Promethea. Imagem: Divulgação

Em Promethea, cumpri algumas missões e, ao fazê-las, pude testar Vault Hunter Amara, que é uma Siren e tem poderes similares aos da velha conhecida Lilith. Com isto, a personagem é capaz de invocar poderosos braços elementais que servem como mecanismo ofensivo, mas também defensivo.

Explorando as três árvores de habilidades de Amara, nota-se que ela tem acesso a uma habilidade principal equipável por vez. Entretanto, há pontos a serem distribuídos à rodo às passivas ou então aos chamados Augments, que intensificam ou alteram os poderes das habilidades centrais. Alternei os braços de choque padrão (abaixo) de Amara a braços radioativos, que aplicam este dano elemental aos inimigos atingidos.

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Amara usando os poderes. Imagem: Reprodução Chuva de armas malucas

O arsenal de um Vault Hunter nunca vai se limitar às habilidades. A franquia não vai limitar o jogador aos poderosos golpes e as armas são um dos destaques de Borderlands 3. A Gearbox desenvolveu diversas armas, a ponto de ser até difícil encontrar duas do mesmo tipo com muita frequência, e parte da diversão é trocar constantemente entre elas para descobrir novas formas de dizimar aqueles corajosos o suficiente para enfrentar seu Vault Hunter.

Como se não bastasse, o game também conta com algumas variáveis que podem ou não fazer parte das armas. Modos de disparo e elementos são as principais, e podem mudar muito o rumo de um confronto. Por exemplo, alternar o dano de uma escopeta para choque é útil para derrubar o escudo dos inimigos, e é fácil trocar para outro elemento ou arma quando derreter esta proteção -- basta o toque de um botão. O mesmo vale para os modos de disparo, que podem ser automático, em séries de três ou de disparos únicos.

Com isso, é possível realizar um "centenas de combinações", como bem disse Chris Brock, produtor do game, ao IGN Brasil. De acordo com Brock, a ideia é "oferecer aos jogadores o que eles quiserem para jogarem da maneira que bem entenderem". Ele também destaca que isto pode ser utilizado estrategicamente na jogabilidade cooperativa. Por exemplo, um dos jogadores pode focar em derrubar os escudos dos oponentes, enquanto o outro fica responsável por drenar a vida deles com munição.

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O coração do gameplay de Borderlands 3, no entanto, é exposto quando alia-se armas aos poderes dos Vault Hunters. Com isso, há uma verdadeira "mistureba" de explosões e combinações elementais na tela e, consequentemente, nas vidas do inimigos. Isso sem considerar a diversão soberana que é derrubar o inimigo com um poderoso disparo, incendiá-lo com munição de fogo e, para finalizar, esmagá-lo com os braços elementais radioativos (tornaram-se radioativos graças a um perk que coloquei) de Amara. Ou vice-versa. A escolha é sua.

Vou te contar uma história

A demostração de Borderlands 3 que testei não oferece muitos detalhes da narrativa do game, porém foi o suficiente para reconhecer o clássico humor da série. A jogatina me arrancou risadas e estimulou minha curiosidade quanto ao rumo da história. Isso acontece por que todo o humor escrachado dos personagens e o auge humano do ridículo é exposto no game.

Ver Lorelei, durante uma missão secundária, surtando para que você a traga um copo de café é algo com o qual eu posso me identificar, enquanto trato-o como o limite do cômico. Afinal, quem nunca PRECISOU de um copo de café (e mentalizou sofrimento àqueles que querem impedir que você tenha o que quer).

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É este tipo de comportamento humano e palpável, embora exagerado, que faz da construção de mundo de Borderlands ser tão envolvente. Não é apenas uma história bem fechada, mas bem desenvolvida nas pequenas coisas. (Ah, e Claptrap está mais engraçado do que nunca. Que robô maluco.)

Borderlands 3 chega para PS4, Xbox One e PC em 13 de setembro.

*O jornalista viajou a convite da 2K

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