A teoria da relatividade geral de Albert Einstein, publicada em 1915, revolucionou completamente a compreensão da ciência sobre o universo.
Ela só foi confirmada pela primeira vez em 1919, com um experimento feito durante um eclipse total do Sol em Sobral, no Ceará, e na Ilha de Príncipe, no arquipélago de São Tomé e Príncipe.
A partir daí, o então desconhecido físico alemão se transformou em uma celebridade mundial, e passou a ser parado na rua para dar autógrafos.
Mas o que exatamente é essa teoria e por que foi tão revolucionária?
Até o início do século 20, a Física era regida pelas leis de Isaac Newton.
O físico e matemático inglês dizia que a gravidade era uma força causada pela massa dos objetos e fazia com que eles fossem atraídos um em direção ao outro. O objeto com mais massa atrai mais intensamente.
Por isso, nos mantemos sobre o chão na Terra. Ela nos atrai para o seu centro. Por isso também os planetas se movem ao redor do Sol.
Mas imagine que o Sol, de repente, desaparecesse por completo.
Segundo a teoria de Newton, os planetas do Sistema Solar sairiam instantaneamente de suas órbitas, já que não haveria mais a força de gravidade do Sol atraindo-os.
Para ele, a gravidade era uma força de ação imediata, independente da distância entre os corpos.
Mas Einstein encontrou um problema: segundo seus cálculos, a luz era a coisa mais rápida do Universo. Nenhum corpo com massa alcançava uma velocidade superior à da luz. Nem a gravidade.
Nos dez anos que passou pensando nisso, entre 1905 e 1915, o físico alemão criou a teoria da relatividade geral.
Ele imaginou as três dimensões do espaço e a dimensão do tempo juntas, como uma espécie de tecido que nos rodeia e que é deformado pela presença dos corpos celestes massivos, como os planetas e estrelas.
Essas deformações criam o que nós sentimos como força de gravidade
Então a Terra e os outros planetas permanecem em órbita não porque o Sol simplesmente os atrai, como pensava Newton.
Para Einstein, isso acontece porque o Sol é uma estrela tão massiva que os outros corpos seguem a curvatura que ela gera no tecido do espaço-tempo.
A relatividade geral permitiu explicar desde o nascimento do Universo até a órbita dos planetas e os buracos negros.
Até hoje, algumas de suas previsões são testadas e confirmadas pelos cientistas, que se surpreendem com a precisão das ideias do físico alemão.
Por causa dela, ele se tornou uma das figuras mais icônicas da ciência mundial.
Roteiro: Camilla Costa e Ana Pais
Voz: Camilla Costa
Design, Animação e som: Kako Abraham
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