A cidade de Medellín, na Colômbia, vem testando uma alternativa para reduzir o número de casos de dengue.
A solução foi soltar "mosquitos transgênicos" no meio ambiente.
Esses insetos carregam dentro de si uma bactéria, chamada Wolbachia, que os impedem de espalhar a doença.
"Para um mosquito contaminar alguém com dengue, o vírus tem que se desenvolver em seu organismo. O que a Wolbachia faz é impedir seu desenvolvimento. Assim, se o vírus não pode crescer dentro do mosquito não pode ser transmitido entre pessoas. Portanto, conseguimos impedir a transmissão injetando a bactéria no mosquito", diz Scott O’Neill Diretor, da organização World Mosquito Program.
Em outras palavras: os mosquitos estão sendo soltos por toda a cidade de Medellín para se alimentarem de humanos. Dessa forma, vão se acasalar com mosquitos selvagens, que não foram tratados, e pôr ovos.
O objetivo dos cientistas é que a bactéria se alastre até se tornar dominante, reduzindo o risco de transmissão de doenças.
Mas Medellín já tem milhões de mosquitos e vem sendo afetada por surtos consecutivos de dengue.
Então, como convencer as pessoas de que essa é uma boa ideia?
Os cientistas vêm dando aulas a crianças sobre a importância desses mosquitos transgênicos. Elas até aprendem a criá-los com a ajuda de kits especiais.
Esse método ajudou a combater a dengue em Townsville, na Austrália.
Mas o efeito da Wolbachia poderia diminuir com o tempo?
Segundo O’Neill, devido à evolução, "com o passar do tempo, sim".
"Sabemos disso. Mas se conseguirmos proteger a população por 50 anos, enquanto aguardamos o desenvolvimento de vacinas e outros mecanismos de controle, ficaríamos orgulhosos", conclui.
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