Este é um clube exclusivo formado por empresas que conseguiram alcançar cifras até pouco tempo inimagináveis.
São companhias com valor de mercado superior a US$ 1 trilhão (R$ 4,3 trilhões).
Até o início deste ano, três empresas de tecnologia faziam parte dele: Microsoft, Apple e Google.
A petrolífera estatal saudita Aramco era a única companhia de fora do setor que também estava na lista.
Mas, em 31 de janeiro, a Amazon juntou-se ao seleto grupo — o valor de mercado da gigante do comércio eletrônico ultrapassou a marca de US$ 1 trilhão diante dos bons resultados do último trimestre de 2019.
Isso mostra que as quatro multinacionais reconhecidas por seus produtos de tecnologia continuam a crescer, apesar da estagnação da economia mundial.
Atrás destas gigantes trilionárias, há outras empresas conhecidas do setor, como Facebook e Alibaba, mas cujo valor de mercado não chega a US$ 600 bilhões.
Apple, a mais valiosa
A Apple não apenas continua sendo a maior empresa privada do mundo, como também a que mais cresceu proporcionalmente entre as grandes companhias.
Dois anos atrás, no entanto, ninguém imaginava que a Apple ingressaria no clube de trilionários.
Porém, no último ano, as ações da companhia saltaram de US$ 150 para mais de US$ 300, o que fez com que seu valor de mercado chegasse a US$ 1,4 trilhão, um crescimento de 96% em relação ao ano anterior.
Em abril de 2019, a Microsoft se tornou a segunda empresa privada a superar US$ 1 trilhão.
Os resultados trimestrais da companhia revelaram lucros até quatro vezes maiores em relação aos registrados no período anterior.
Com isso, o valor de mercado da Microsoft chegou a US$ 1,3 trilhão.
O enorme crescimento — considerando que há menos de dois anos a empresa valia a metade — se deve principalmente à diversificação de seus negócios.
Alphabet, trilionária apesar de apostas duvidosas
A Alphabet, empresa controladora do Google, superou a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado após acumular uma alta de mais de 30% no ano passado.
A empresa alcançou o feito depois que suas ações foram negociadas acima de US$ 1.450. E os analistas acreditam que a companhia ainda tem espaço para continuar crescendo.
Isso apesar do fato de a empresa liderada por Sundar Pichai — que, além do Google, inclui outros negócios, como X Development, SideWalks Lab, Calico, Nest, DeepMind — estar em processo de reestruturação.
A Alphabet não fornece detalhes sobre seus outros negócios nos resultados financeiros, então não é possível saber exatamente o lucro e a receita de cada um — mas sabe-se que algumas dessas apostas têm déficits crônicos.
A Alphabet superou a barreira de US$ 1 trilhão em parte devido ao crescimento de 28% do Google no ano passado, um crescimento que a companhia não via há cinco anos.
A Amazon já havia alcançado o marco de US$ 1 trilhão em 2018, mas a conquista durou pouco.
Em 2019, o valor de mercado da gigante do comércio eletrônico permaneceu em torno dos US$ 920 bilhões.
No entanto, diante dos resultados do último trimestre, a empresa fundada por Jeff Bezos conseguiu fechar o mês passado valendo mais que US$ 1 trilhão — a cifra flutuou desde então, mas, em 13 de fevereiro, a companhia valia US$ 1,07 trilhão.
A Amazon obteve receita de US$ 87,4 bilhões no último trimestre de 2019, graças às vendas de Natal, que levaram a um aumento de 21% em relação ao mesmo período de 2018.
A empresa também informou que agora tem mais de 150 milhões de membros em sua conta Prime, 50% a mais do que em 2018.
Ela detém mais de 37% do mercado de comércio eletrônico dos EUA e 10% do mercado global, de acordo com cálculos da eMarketer, empresa de pesquisa de mercados eletrônicos.
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