22/03/2020

Coronavírus faz milhões de pessoas criarem rotina online no isolamento

Sha Jie tem 10 anos e está estudando por aulas online na  mesa da cozinha desde que a escola fechou para garantir a permanência das crianças em suas casa. O jovem conta que sai no máximo uma vez por dia, mas circula apenas pelo bairro onde vive. Nesse período afastado das atividades que está acostumado, ele está aproveitando para brincar, desenhar e assistir à filmes.

A italiana Lavinia Tomassini, de 14 anos, vive em Milão e também está tentando estudar em casa pela internet."Levanto-me muito mais tarde e vou dormir mais tarde do que o habitual. Concentro-me menos quando estou em casa, gosto de ir para a escola e estudar mais lá. Concentro-me mais quando estou na escola porque tenho menos distração."

A rotina dos profissionais da saúde também mudou radicalmente por conta da pandemia. Nos Estados Unidos, o médico William Jason Sulaka realiza consultas on-line para não precisar atender seus pacientes pessoalmente."Eu sinto falta da liberdade de sair em geral e não ter que me preocupar com a pessoa ao meu lado", afirma

Dino Lin, 40 anos, trabalha em um fabricante de autopeças e teve a sorte de se mudar para um apartamento mais espaçoso em Xangai, pouco antes de o vírus tomar conta, permitindo que sua filha de 5 anos, Wowo Lin, a tivesse o próprio quarto. Apesar de sentir vontade de sair à rua, ele diz estar feliz por poder passar mais tempo com a família. Enquanto isso, faz planos de comer em um bom restaurante quando tudo voltar ao normal. Para manter o corpo ativo, os três praticam atividades físicas com um professor online e usam galões de água como pesos

Os membros da banda The 2econd fizema um show online para manter o contato com os fãs e motivas as pessoas a ficarem em casa. "Nunca pensei que não veria meus companheiros de banda em quase dois meses. Como membros da geração de um filho, não temos irmãos. Somos melhores amigos. Compartilhamos tudo na vida, alegrias e tristezas. Eu estou acostumado a encontrá-los todo fim de semana para tomar uma bebida ou conversar. Algo parecia errado quando isso de repente teve que parar ", conta o cantor Zhang Cheng, 30 anos. 

A professor de dança Alessia Mauri, 34 anos, que vive em Milão, precisou adaptar as aulas e agora está gravando suas lições para que os alunos e alunas dancem e pratiquem em casa. "Eu pensei que seria interessante dar a eles algumas aulas de dança específicas. Não é como as que eu vejo sendo transmitidas ao vivo publicamente no Instagram. Eu acho que é muito mais construtivo para minhas meninas ter um vídeo de uma professora que lhes dá uma aula dedicada. eles podem ter em casa e ajudá-los a continuar treinando ", diz.

Na capital venezuelana, Caracas, Ana Pereira, 51 anos, mora sozinha com seu cachorro e gato. Ela está sentada em frente ao computador para um piquenique virtual com amigos, pois eles não conseguem se encontrar como fazem semanalmente desde 2011.É um mau substituto."Preciso de contato físico e sinto muita falta dele", disse ela. Perguntada sobre qual é a primeira coisa que ela quer quando a vida volta ao normal, ela disse: "um abraço".

Komaki Yamashita, 49 anos, e sua Filha Konoha, 19 anos, fazem aula de dança com uma professor pela internet. As duas se dedicam à tradicional dança japonesa Takujiro  Hanayagi. A família está evitando sair de casa, mas as duas afirmam sair um pouco para caminhar no parque

Jo Proudlove segue as diretrizes do Reino Unido e está isolada em casa junto com a filha Eve. As duas ficara isoladas durante 14 dias quando a filha ficou doente e suspeitaram que poderia ser coronavirus. Amigos e familiares levaram suprimentos durante o período em que não puderam sair pelas ruas. Enquanto tudo não volta ao normal, Jo usa o computador para continuar trabalhando em seu escritório de jardinagem 

0 comentários:

Enviar um comentário