A Índia ordenou que todos os funcionários do setor público e privado usem um aplicativo de rastreamento de contatos e mantenham o distanciamento social nos escritórios, à medida que começa a flexibilizar algumas de suas medidas de bloqueio em distritos menos afetados pelo coronavírus.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi disse na sexta-feira (1) que a Índia, com a segunda maior população do mundo depois da China, estenderá as restrições nacionais por mais duas semanas a partir de segunda-feira (4), mas permitirá "relaxamentos consideráveis" em áreas de menor risco.
A Índia lançou no mês passado o aplicativo Aarogya Setu, um sistema baseado em Bluetooth e GPS que alerta usuários que podem ter entrado em contato com pessoas que depois testam positivo para covid-19.
"O uso do Aarogya Setu será tornado obrigatório para todos os funcionários, tanto privados quanto públicos", disse o Ministério do Interior, na noite desta sexta-feira.
Os chefes das empresas serão responsáveis "por assegurar 100% de cobertura" entre os empregados.
Funcionários do ministério da tecnologia e um advogado que formularam a política de privacidade do Aarogya Setu disseram à Reuters que o aplicativo precisava estar em pelo menos 200 milhões de telefones para ser eficaz em uma população de 1,3 bilhão.
O aplicativo foi baixado cerca de 83 milhões de vezes no total, em um país com uma base de usuários de smartphones de cerca de 500 milhões, segundo o ministério da tecnologia.
O uso obrigatório do aplicativo está levantando preocupações entre os defensores da privacidade, que dizem que não está claro como os dados serão usados e que enfatizam que a Índia carece de leis de privacidade para governar o aplicativo.
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