Um estudo preliminar com o anticoagulante heparina em pacientes graves com a covid-19, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mostrou que a substância contribuiu para a melhora nos níveis de oxigenação do sangue e, também, no funcionamento dos pulmões, diminuindo assim o tempo de internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
De acordo com o artigo publicado pelo grupo, 27 pessoas foram submetidas ao tratamento experimental, com idade média de 56 anos e portadores de doenças pré-existentes como diabetes, problemas cardíacos e obesidade.
O tempo médio de hospitalização variou de 10 a 15 dias —considerando as particularidades de cada caso—, sendo que não foi registrado nenhum óbito até o momento e apenas três continuam na UTI da unidade particular de saúde.
A pesquisa identificou que o medicamento, que vem sendo utilizado na prevenção e tratamento de quadros de trombose, foi fundamental no processo de desobstrução dos vasos sanguíneos do sistema respiratório, o que representou uma queda no período em que esses indivíduos precisaram do auxílio de respiradores mecânicos.
A experiência foi coordenada médica pneumologista Elnara Negri, professora da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), e contou também com a participação de outros médicos da instituição. Com os primeiros resultados, agora eles pretendem ampliar o estudo após aprovação do Conep (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa).
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O medicamento é considerado de baixa custo e, caso continue apresentando resultados satisfatórios, poderá se tornar um aliado importante na busca por um tratamento eficaz contra a covid-19.
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