Pesquisadores da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Viena, divulgaram uma pesquisa na última segunda-feira (24) que revela que esperma congelado consegue sobreviver após uma viagem espacial.
Os testes ainda preliminares analisaram a concentração, motilidade, vitalidade, morfologia e fragmentação do DNA nas amostras expostas à microgravidade, conhecida popularmente como "gravidade zero".
Segundo o estudo, o teste provou ser possível transportar os gametas masculinas em missões além da atmosfera sem prejudicar a qualidade do material. Essa seria uma condição para, a criação de um banco genético até em outro planeta.
O esperma congelado foi usado no estudo porque o efeito radiação no esperma fresco foi estudado anteriormente e os resultados constataram que ocorre prejuízo na qualidade.
"Nosso primeiro passo foi investigar as condições de gravidade em amostras de esperma congelado. A melhor opção será realizar o experimento usando voos espaciais reais, mas o acesso é muito limitado", explica o Dr. Montserrat Boada, um dos responsáveis pelo projeto.
Os cientistas não foram até a Estação Espacial Internacional fazer os testes e nem os astronautas precisaram contribuir para que a pesquisa avançasse. Uma parceria com um aeroclube em Barcelona permitiu a realização de voos parabólicos, que simulam a condição de microgravidade.
A próxima fase do projeto será validar os resultados em amostras maiores de espermatozoides e também por períodos mais longos em microgravidade.
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