Para celebrar o mês da mulher, a fotógrafa Shelley Richmond fez um ensaio para lá de especial com as modelos da agência Zebedee, que tem em seu casting pessoas com deficiência e diferenças visíveis. Entre as modelos fotografadas, há mulheres com mobilidade reduzida, síndrome de down e doenças de pele. O ensaio emocionante ainda contou com os relatos pessoais das participantes, que deram uma aula de autoestima e aceitação
Renee, de 21 anos, é paraplégica e precisa de cadeira de rodas para se movimentar. "Quando eu era mais jovem, sempre lutava com minha autoestima e com a perspectiva que tinha de mim mesma. Nunca me senti representada na indústria da moda e queria fazer parte do movimento para criar um mundo mais inclusivo. Acho que é por isso que dias como o Dia Internacional da Mulher são tão importantes para mostrar às mulheres que somos todas bonitas e dignas", disse
Maya, de 19 anos, tem uma condição nervosa genética e escoliose nas costas. Ela também precisa de cadeira de rodas. "A razão pela qual me envolvi com esta sessão é ter a oportunidade de me colocar lá fora, celebrar as mulheres lindas da nossa sociedade e mostrar a beleza em todos os diferentes corpos. Eu também queria ajudar quem está lutando com a confiança do corpo. Com toda honestidade, essa é uma das coisas mais assustadoras que eu já fiz, mas sou muito grata por ter feito isso, pois foi uma das coisas mais libertadoras", revelou
Monique, de 33 anos, foi diagnosticada com Osteogênese Imperfeita Tipo 3, o que significa que pode quebrar os ossos com muita facilidade e por isso precisa usar cadeira de rodas em tempo integral. "Eu tive que participar dessa campanha para mostrar que todas as mulheres, não importa quão diferentes, deveriam ser celebradas, reconhecidas e vistas como bonitas. Se apenas uma mulher sentir orgulho de si mesma ao ver esta campanha, já valeu a pena”, afirmou
Gemma, de 25 anos, nasceu com melanocítico congênito (CMN), com centenas de marcas de nascença de diferentes tamanhos em todo o seu corpo. "Como muitas garotas, lutei com minha aparência na escola e costumava me cobrir com roupas e maquiagem, até mesmo em viagens à praia ou piscina. Gradualmente, comecei a abraçar minhas diferenças, ainda é uma jornada, mas já percorri um longo caminho", contou
Niamh, de 20 anos, tem síndrome de Hay-Wells, um distúrbio extremamente raro. "A maioria dos diagnosticados com meu distúrbio nasce sem cabelo, mas eu nasci com cabelo. Para mim, o Dia Internacional da Mulher é uma celebração do nosso gênero e do que alcançamos", contou a modelo
Kathleen, de 20 anos, tem síndrome de down. "É importante ver mulheres como Kathleen e os outros modelos representados nessas campanhas para que lembrem às pessoas que não apenas sua condição ou deficiência não as tornam menos mulheres, mas que além disso é toda a gama de sentimentos, emoções e impulsos de qualquer outra mulher comum, alegrias e tristezas, anseios e decepções, necessidade de validação e satisfação", disse a fotógrafa
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