Um grupo de cientistas conseguiu reproduzir, em laboratório, um anticorpo capaz de “inibir potentemente” a infecção de células pelo agente Sars-Cov-2 — vírus responsável por causar a doença covid-19.
O estudo, que ainda é preliminar e não foi testado em seres humanos, foi publicado nesta segunda-feira (4) na revista científica Nature Communications.
De acordo com o texto, que é assinado por Berend-Jan Bosch e pesquisadores da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, o anticorpo pode ajudar a prevenir ou tratar a covid-19 (incluindo outras doenças relacionadas).
“Anticorpos monoclonais direcionados a locais vulneráveis nas proteínas da superfície viral são cada vez mais reconhecidos como uma classe promissora de medicamentos contra doenças infecciosas e têm demonstrado eficácia terapêutica para vários vírus”, diz um dos trechos do estudo.
O 47D11, nome científico da molécula, teria neutralizado o novo coronavírus. Entretanto, segundo os pesquisadores, o processo de ação ainda é “desconhecido” e, por isso, existe a necessidade de novos estudos in vitro.
Um estudo preliminar com o anticoagulante heparina em pacientes graves com a covid-19, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mostrou que a substância contribuiu com a melhora nos níveis de oxigenação do sangue e no funcionamento dos pulmões, diminuindo assim o tempo de permanência na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
De acordo com o artigo publicado pelo grupo de pesquisadores, 27 pessoas foram submetidas ao tratamento experimental, com idade média de 56 anos e portadores de doenças pré-existentes como diabetes, problemas cardíacos e obesidade.
A pesquisa identificou que o medicamento, que vem sendo utilizado na prevenção e tratamento de quadros de trombose, foi fundamental no processo de desobstrução dos vasos sanguíneos do sistema respiratório, o que representou uma queda no período em que esses indivíduos precisaram do auxílio de respiradores mecânicos.
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