A dinamarquesa Inger Andersen assumiu o cargo de diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi, depois de sua nomeação em fevereiro pela Assembleia Geral da ONU.
A economista, de 60 anos, era até agora diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), maior organização meio ambiental do mundo, que reúne governos e organizações da sociedade civil.
"Estou orgulhosa e emocionada por trabalhar no Programa da ONU para o Meio Ambiente no belo Quênia em um momento crítico para a humanidade", disse em comunicado Andersen, depois de assumir oficialmente o cargo no sábado.
A nova chefe deste programa da ONU explicou que nas próximas semanas e meses trabalhará para fixar as prioridades da organização, que enfrenta desafios "monumentais", afim de "trabalhar para um meio ambiente mais saudável".
"Há algo no ar. Não falo da poluição ou das emissões de gases estufas. Falo da mudança que a humanidade necessita para abordar estes e outros desafios ambientais, que puseram nosso planeta e nossas sociedades em um perigo iminente", afirmou a nova diretora em sua primeira carta aberta.
Andersen foi proposta para o posto no começo de dezembro pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e referendada em 20 de fevereiro em reunião plenária da Assembleia Geral da ONU.
Na chefia do PNUMA, programa conhecido também como ONU Meio Ambiente, Andersen substituirá o norueguês Erik Solheim, que renunciou em novembro após uma auditoria sobre suas grandes despesas em viagens.
Segundo esse relatório, Solheim tinha gasto cerca de US$ 500 mil em contínuas viagens, ignorando regras internas e pondo em dúvida o compromisso de reduzir as emissões de dióxido de carbono na aviação defendida pela ONU.
Antes de chegar à UICN, Andersen tinha ocupado vários cargos nas Nações Unidas e no Banco Mundial (BM), onde, entre outras responsabilidades, foi vice-presidente para o Oriente Médio e o Norte da África e vice-presidente para Desenvolvimento Sustentável.
"Nunca antes o mandato ambiental tinha sido mais visível, reconhecido e aplicado. Mas, mais uma vez, nunca antes houve tanto em jogo", explicou Andersen na citada carta.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, criado em 1972 e com sede na capital do Quênia, é o principal responsável dos assuntos ambientais e de desenvolvimento sustentável da organização.
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