O Facebook teria pago para usuários instalarem programas que coletam dados sobre a navegação na internet. As informações foram publicadas pelo site TechCrunch na última terça-feira (29).
Usuários de 13 a 35 anos receberiam 20 dólares, cerca de R$ 74, para permitir a coleta de dados a partir do aplicativo Facebook Research. A mesma ferramenta também era disponibilizada pelos serviços: BetaBound, uTest e Applause.
O monitoramento dos usuários teria sido viabilizado após Mark Zuckerberg adquirir o aplicativo Onavo, em 2014, por 120 milhões de dólares, cerca de R$ 440 milhões. A ferramenta deveria ajudar a diminuir os rastros deixados na internet, mas era usada para espionar.
Segundo o especialista em segurança do Guardian Mobile Firewall, Will Strafach, consultado pelo TechCrunch, o Facebook conseguia obter informações sobre localização, histórico de pesquisa e até mensagens privadas. Em alguns casos, o usuário era orientado até a tirar uma cópia da página de histórico de compras do perfil na Amazon.
O programa não estaria mais disponível para os usuários de iPhones, por violar as políticas de uso da App Store, mas segue funcionando em aparelhos com sistema operacional Android, do Google.
Um porta-voz do Facebook enviou o seguinte esclarecimento sobre o caso ao TechCrunch:
"Fatos importantes sobre este programa de pesquisa de mercado estão sendo ignorados. Apesar dos primeiros relatos, não havia nada 'secreto' sobre isso; foi literalmente chamado de Facebook Research App. Não era 'espionagem', pois todas as pessoas que se inscreveram para participar passaram por um processo claro de integração pedindo permissão e foram pagas para participar. Finalmente, menos de 5% das pessoas que optaram por participar desse programa de pesquisa de mercado eram adolescentes. Todos eles com formulários de consentimento dos pais assinados."
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