A sonda chinesa Chang'e 4, que no início do mês chegou pela primeira vez na história à face oculta da Lua, "acordou" de um "cochilo" de duas semanas, a duração da noite lunar, durante a qual a temperatura caiu até 190 graus negativos.
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A noite lunar deixou Chang'e 4 inativa, já que o equipamento funciona com energia solar, o que fez com que seu despertar fosse programado para coincidir com a chegada de luz do Sol, informou nesta quinta-feira (31) a Administração Nacional do Espaço da China (Anec) através de um comunicado publicado em seu site.
No caso do veículo, batizado como Yutu 2, o "despertador" soou às 20h de terça-feira (29) na China (10h em Brasília), enquanto o módulo de alunissagem terminou sua hibernação às 20h39 no horário chinês (10h39 em Brasília) de quarta-feira (30).
Para resistir às baixas temperaturas, os equipamentos, que agora estão separados por 18 metros, contaram com uma alimentação mínima proporcionada por uma bateria.
Além disso, a Anec indicou que todos os instrumentos retomaram suas atividades.
Lançada da região central chinesa de Sichuan em 8 de dezembro, a Chang'e 4 estabeleceu em 3 de janeiro um marco na exploração espacial ao conseguir alunissar com sucesso na face oculta da Lua.
Entre os experimentos que a sonda está fazendo estão a captação de ondas de baixa intensidade e a germinação de plantas na Lua em contêineres que recriam a atmosfera terrestre.
No dia 15 de janeiro, a Anec publicou uma foto desse último experimento que mostrava um broto de uma planta de algodão, que sobreviveu durante poucas horas até a chegada da noite lunar e a consequente queda da temperatura.
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