A quarentena do coronavírus está deixando muita gente com a pele ressecada, cabelos caindo e um certo desespero que se traduz em efeitos físicos motivados por questões emocionais. "O estresse que se está vivendo hoje pode gerar consequências físicas – e refletir na aparência", explica a dermatologista Gabriel Aribi
Um dos primeiros sinais do estresse na beleza é a queda de cabelo. "Existe uma perda que pode estar relacionada com o estresse chamada alopecia areata. É quando está focada em determinados locais da cabeça ou da barba (para os homens). Fica uma falha, como se fosse uma “ilha” em meio aos fios. Para amenizar o problema, é importante tentar equilibrar a tensão, por meio de um acompanhamento psicológico e paralelamente procurar um dermatologista", sugere a médica
O tratamento é feito com medicamentos específicos, como corticoterapia intra-lesional (infiltrações) e imunomoduladores tópicos. “Em casos graves de alopécia areata, podemos usar imunossupressão sistêmica por meio de corticoterapia oral”, diz Gabriel Aribi
Outro problema que pode ser desencadeado pelo estresse é o chamado eflúvio telógeno. Trata-se de uma queda acelerada dos fios. Portanto, perde-se mais volume e o cabelo torna-se mais fino
Na pele, o estresse emocional libera radicais livres de forma exagerada, provocando um estresse oxidativo e a consequente perda de colágeno. Portanto, o processo de envelhecimento é mais acelerado em quem está mais estressado. Outra razão, bem comum, é que a pessoa estressada, sem perceber, começa a se cutucar no corpo e do rosto – é a chamada escoriação neurótica
"É o mesmo mecanismo de quem tem acne e espreme, machucando a pele", diz a médica. De novo aqui é importante conversar com um psicólogo e procurar um dermatologista para tratar as escoriações. Geralmente, utiliza-se hidratantes e reparadores de pele, para auxiliar na cicatrização, e, nunca esquecer do filtro solar para evitar que a pele fique manchada
Outra fonte de estresse é saber se há contaminação pelo coronavírus por meio da pele? "O fato de alguém contaminado encostar na pele de outra pessoa não contamina. Mas se ela passar a mão onde foi tocado e levar na boca ou nos olhos, há contaminação. Portanto, vale a recomendação de manter a distância social de dois metros quando for ao mercado, por exemplo, e usar máscaras"
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