O período entre 2015 e 2019 foi o mais quente que se tem registro em temperatura média, com 1,1 grau a mais do que na era pré-industrial, segundo alertou nesta quarta-feira (22) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em informe publicado por razão do 50º Dia Mundial da Terra.
A alta é apontada como especialmente rápida nos últimos 50 anos, já que a média global foi 0,86 grau superior à registrada nos anos 1970, enquanto a concentração de dióxido de carbono (principal causador do aquecimento global) na atmosfera é 26% maior do que cinco décadas atrás.
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"Não fazer frente à mudança climática pode colocar em xeque o bem-estar das pessoas, ecossistemas e economias durante séculos", aponto o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, ao apresentar o relatório.
O documento indica que no próximo período de quatro anos, ou seja, entre 2020 e 2023, seguirão sendo alcançadas temperaturas médias recordes, especialmente, em regiões de latitude alta e na superfície terrestre.
Além disso, o texto veiculado pela OMM aponta que a pandemia da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, pode ter resultado na redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa, mas que isso será apenas transitória.
"Os fenômenos meteorológicos aumentaram e não desaparecerão por causa do coronavírus", disse Taalas.
O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, que é uma agência da ONU, pediu a mesma determinação apresentada no combate à Covid-19, na hora de lutar contra o aquecimento global e a mudança climática.
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