Reginaldo Pereira, idealizador e apresentador do programa Inova360, entrevista Rafael Pettersen, fundador da CosmoBots, uma plataforma self-service de criação e gestão de ChatBots, com foco em inteligência artificial e atendimento automatizado. O Chatbot é um programa de computador que simula um ser humano na conversação com as pessoas, por meio de assistentes virtuais.
Há dois anos, Rafael Pettersen fundou a CosmoBots para melhorar o atendimento ao cliente. Um dos seus momentos de superação foi levar a empresa ao que, na linguagem das startups, chama-se Vale da Morte, quando se detecta vulnerabilidades no estágio inicial do empreendimento, tentando provar o modelo de negócio e atrair os primeiros clientes e investimentos.
Confira no bate-papo abaixo, alguns de seus pontos de vista sobre empreendedorismo, desafios, hábitos e inovação.
Reginaldo Pereira: Conta para gente um pouco da história da CosmoBots e qual o tamanho do seu mercado?
Rafael: Lançamos a CosmoBots em 2018 com o propósito de simplificar interações e enriquecer a experiência dos usuários através de assistentes virtuais. Hoje ela está mudando a comunicação na operação de diversas áreas das empresas.
Tivemos um crescimento expressivo nos últimos meses e nossa plataforma para criação e gestão de ChatBots ainda mantém a versatilidade e autenticidade de uma startup. Acreditamos em melhorar a vida dos usuários democratizando e humanizando a tecnologia.
O principal foco está no segmento de atendimento ao cliente, desde o momento de captação e qualificação de leads até o suporte de clientes, seja de produtos ou serviços. O tamanho da oportunidade neste segmento é de 2 bilhões de dólares nos próximos três anos.
Reginaldo Pereira: Como foi a sua trajetória profissional? Houve algum momento de superação e uma lição aprendida durante sua carreira?
Rafael: Sou formado em Ciência da Computação com pós na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Trabalhei por mais de dez anos com sistemas de atendimento a clientes da Salesforce no Brasil e há dois anos fundei a CosmoBots. Um dos grandes momentos de superação nestes últimos anos foi levar a empresa através do Vale da Morte, termo que usamos para destacar a vulnerabilidade que startups passam nos primeiros anos, tentando provar o modelo de negócio e atrair os primeiros clientes e investimentos.
Reginaldo Pereira: Como tem inovado e como lida com a transformação digital?
Rafael: Queremos democratizar o uso de assistentes virtuais para diversos tipos de negócios. Uma solução acessível para startups e pequenas empresas que querem aprimorar o atendimento ao cliente. Colocar a Inteligência Artificial para resolver problemas do dia a dia. E oferecer a um custo que faça sentido para todos os desafios, desde a empreendedora que possui uma lojinha na internet até uma equipe de atendimento ao consumidor de uma grande empresa.
Reginaldo Pereira: Você tem uma dica de alguma ferramenta, processo, técnica, livro ou curso que fez a diferença em sua vida profissional?
Rafael: O livro Outliers, do Malcolm Gladwell. Nele o autor comenta sobre a regra das 10 mil horas, onde pessoas bem reconhecidas por ter sucesso investiram pelo menos 10 mil horas do seu tempo praticando e treinando com o objetivo de definir e aperfeiçoar uma habilidade. No meu caso, foi programação de computadores. Gastei longas horas pesquisando, programando e testando diversas soluções até chegar no produto que temos hoje.
Reginaldo Pereira: Vamos fazer um exercício de futurismo, o que vem por aí?
Rafael: No futuro quase 100% do atendimento ao cliente será feito por robôs e as pessoas não irão notar a diferença. Atualmente estamos aproveitando uma mudança de comportamento, em que milhares de pessoas preferem receber o atendimento por aplicativos de mensagem. Aumentar a quantidade de atendentes não é a solução. Estamos trazendo o futuro do atendimento mais próximo do presente através dos nossos assistentes virtuais.
Reginaldo Pereira: Você pode citar uma frase que é sua referência pessoal?
Rafael: “O sucesso é uma função da persistência, da obstinação e da vontade de trabalhar duro por 22 minutos para entender algo que a maioria das pessoas desistiria depois de trinta segundos”, que é uma frase do Malcolm Gladwel.
Rede Social de Rafael Pettersen:
https://www.linkedin.com/in/rafaelpettersen
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