Filas de emprego, classificados de jornais e o envio de currículos podem estar com os dias contados. Isso devido ao desenvolvimento de aplicativos que conectam empresas e profissionais de acordo com as características especificadas, uma espécie de "Tinder do Emprego".
O consultou e engenheiro de telecomunicações Ricardo Bassoi, 44 anos, confessa ter ficado incrédulo ao conhecer o aplicativo. Mesmo assim, topou a ideia de se cadastrar em uma das plataformas disponíveis no mercado de trabalho. Ele foi selecionado por uma empresa e aprovou a ideia.
"Eles fazem um casamento quase perfeito da empresa com o profissional cadastrado no banco de dados. Esse 'match' garante um sucesso muito bom, tanto para o profissional que vê empresas interessadas pelo perfil dele, quanto para a empresas que buscam um trabalhador muito específico", avalia Bassoi.
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No Empreguei, o candidato se cadastra no aplicativo e faz quatro testes online para que seja identificado os perfis comportamental e profissional dos profissionais. As empresas, que precisam fechar um contrato com a plataforma, seguem o mesmo procedimento e indicam as especificações dos trabalhadores que procuram.
"Quando o sistema faz o 'match' eletrônico, empresa e profissional são conectados e podem conversar dentro da própria plataforma. [...] Se entrar alguma vaga compatível com o perfil do candidato, ele recebe imediatamente uma notificação no celular", explica Furtado.
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Mais focada na contratação de profissionais com competências específicas para projetos, a Alstra foi desenvolvida a partir da percepção de que o mercado de trabalho apresentava um "modelo relativamente ineficiente", conforme explica Cai Igel, fundados da plataforma 100% online. "A gente viu uma oportunidade de ajudar empresas e consultores."
Apesar da maior parte das vagas criadas pela Alstra serem por um período “entre três e seis meses”, Igel avalia que o aplicativo é utilizado muitas vezes como uma porta de entrada aos profissionais no mercado de trabalho.
Projeto do governo
A ideia de conectar empresas e trabalhadores também aparece como uma das metas iniciais do governo federal para reduzir a quantidade de profissionais desocupados, que somavam 12,7 milhões no trimestre encerrado em janeiro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A proposta do Planalto, nomeada de “Sine Aberto”, visa abrir cadastros de desempregados para empresas privadas do setor de recrutamento. O projeto leva em conta que menos de 3% dos trabalhadores admitidos nos 11 primeiros meses de 2017 fez uso do Sine (Sistema Nacional de Emprego).
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