Somos seres perceptivos, estamos o tempo todo recebendo estímulos provenientes dos 5 sentidos e formado, dentro da nossa mente, impressões sobre situações, ambientes e pessoas.
Quanto mais coerente forem essas sensações, mais rápido e com menos esforço esses milhares de quebra cabeças serrão montados, mais nítidas serão as imagens que surgirão. Montar mais rápido e com menos esforço significa menor gasto energético e menos stress, imagens mais nítidas significam mais segurança, convicção e certeza sobre o que está sendo visto.
Nossa imagem pessoal é formada pela junção de 4 dos nossos 5 sentidos (vou me limitar às interações sociais e profissionais, onde o paladar não tem nenhuma aplicabilidade):
Visão: normalmente o mais significativo. Roupa, penteado, asseio, linguagem corporal, conteúdo escrito, acessórios, material de apoio, ambientação, design, símbolos, semiótica e tudo que é visto pelo seu interlocutor. Audição: Consistência da mensagem, volume da voz, timing, sons de fundo, língua, linguagem, discurso, momento da abordagem, tudo que é captado pelo nosso sistema auditivo, e nesse momento encontra-se com aquilo que está sendo visto. Tato: Texturas, temperatura ambiente, (des)conforto da mobília, toques, umidade relativa do ar, movimentação e outros estímulos capturados pela pele (diretamente ou através das roupas) devem ter o mesmo caminho da Visão e da Audição. Olfato: O principal sentido entre a maioria dos animais. O Status do nosso olfato sofreu um donwgrade quando nossos ancestrais deixaram de ser quadrúpedes e, por andarem sob as 2 pernas, seus narizes distanciaram do solo. Com a visão tornando-se o principal suporte para identificação de perigos, o olfato passou a ser o “apoio” que dá complexidade às 5 sensações captadas pelo paladar e também constituindo, junto com os 3 sentidos descritos anteriormente, a 4ª peça para formação da Imagem e principalmente da Impressão que temos dos nossos interlocutores, na forma de Arquétipos.Quanto mais coerentes forem esses Arquétipos, mais seguros sentirão seus interlocutores a seu respeito. Em termos práticos, imagine a situação hipotética:
O profissional veste uma roupa bem cortada, sofisticada e elegante; fala com segurança, desenvoltura adequada ao contexto; em um ambiente climatizado corretamente, para um grupo de pessoas igualmente contextualizadas. A impressão que pretende passar de sofisticação, confiabilidade e domínio do assunto corre um sério risco se este exalar uma fragrância que remete à irreverência ou sensualidade.
“As pessoas podem fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tampar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar ao perfume, pois, ele é o irmão da respiração. Com ela ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. É bem pra dentro delas que vai o perfume, diretamente para o coração, distinguindo lá entre atração e menosprezo, amor e ódio, nojo e prazer. Quem dominasse o odor dominaria o coração das pessoas” – Patrick Süskind.
Fernando Lacerda é Parfum Prosumer.
Executivo da área de Recursos Humanos, Fundador e sócio da Arezzo Consultoria em Gestão Mentor para processos seletivos e temas relacionados a Gestão de Pessoas. MBA em Liderança e Gestão de Empresas pela BSP, Engenheiro Mecânico pela Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, Pós-Graduado em Marketing pela Universidade Mackenzie, Especialização em Telemarketing e Serviço ao Cliente pelo ITSC. Desenvolveu trabalhos em grandes corporações internacionais, empresas médias nacionais até start ups. Professor de Negociação da FIA e Instituto Inlacce, especialista em vinhos com certificação internacional WSET, Sócio e diretor técnico da WCAVE Vinhos de Curadoria Importadora, Cantor Lírico e Patinador Maratonista.
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